fumacê


Tava lendo o Suplemento Cultural do Diário Oficial do Estado de PE e vi uma matéria, por sinal muito bem redigida, falando dessa nova lei dos fumantes terem que se retirar do recinto pra poder alimentar o seu vício/prazer e alguns trechos vou rêescreve-los aqui:

‘A vida é escolha e os cigarros estão encapsulados num maço delas”

‘E aqui eu gostaria de dividir os não fumantes em duas categorias: os não fumantes físicos e os ideológicos. Os primeiros, que merecem o meu respeito, são aqueles cuja estrutura física não suporta a fumaça. Detestam o cheiro, tem rinite alérgica, asma, um medo obsessivo de se poluírem com o hábito nojento de outras pessoas. E eu os respeito baseada na premissa anterior: ninguém tem obrigação de compartilhar os mesmos gostos.
A outra categoria, as do não-fumantes ideológicos, merecem, na minha opinião uma baforada na cara – a pior desfeita que pode partir de um fumante. Ao contrário do que se possa imaginar, é muito fácil distinguir um do outro. O não fumante físico procurará estabelecer uma distância regulamentar com o fumante. O não fumante ideológico se sentirá incomodado ao detectar visualmente, e não olfativamente, a presença de um fumante no extremo oposto de uma sala de quinhentos metros quadrados com ventilação natural. O não fumante físico não quer sentir o desconforto que o cigarro lhe proporciona. O não fumante ideológico não quer que pessoas fumantes existam. O que lhes causa incômodo não é o inalar e exalar da fumaça, mas o fato de que alguém se descomprometa tão acintosamente com a mortalidade. Vemos não-fumantes histéricos bradando sobre a irresponsabilidade dos fumantes, mas basta um olhar mais atento para detectar, entre eles aquele que é diabético se jogando numa rica sobremesa bem açucarada, aquele que tem as artérias entupidas se deleitando com uma fritura bem gordurosa.[...]

Mas o que estão tentando fazer é nos enxotar para o meio da rua, para que lá fiquemos o tempo necessário para fumar um cigarro e refletir sobre a nossa condição temporária de não-merecedores do convívio social. Crime e castigo.[...]

Portanto, se as autoridades de saúde quiserem realmente me dar uma mãozinha, eu sugiro o banimento da indústria do tabaco e a criminalização de quem dele fizer uso. Isso eu entendo’


[...]

Enfim, com isso já ficou clara minha posição diante do assunto.
É hipocrisia expulsar quem fuma de um determinado recinto e gastar milhões em propagandas de bebidas alcoólicas incentivando (pra eles com moderação) as pessoas a se deleitarem com o álcool.
Lembrando bem que o álcool é o responsável por grande parte de mortes em acidentes de trânsito em todo o Brasil, quiçá o mundo, além de ser uma droga que muda totalmente a personalidade do ser humano (você vê um sujeito que fuma ‘qualquer’ coisa, sair correndo, pegar uma arma e sair atirando em todo mundo? NÃO! Comprovadíssimo isso)
Vamos nos preocupar com o que realmente importa – em aumentar a pena pra crimes hediondos, em não ter regalias pra bandidos, em prender esses políticos FDP que pintam e bordam com a cara da gente... Extinguir realmente o que faz mal a gente.
Então se vamos vetar, que seja TUDO e deixar dessa baboseira de querer tapar o sol com a peneira com leis palhaças feito essa.

1 suspiros:

  Anônimo

4:20 PM

Apoiada!!!!!!!!!!!!
Concordo em gênero e grau de injustiça!

bjus

(to devorando o seu blog...)