Era uma vez no Sertão...
pano de fundo do romance de José.
A caatinga se arrastava pela estrada,
Ia do morro até o sopé.
José era um vaqueiro valente,
não temia o mato fechado.
Corria em seus trajes de couro,
aboiando e juntando o gado.
Trabalhava de sol a sol,
mas não perdia a alegria,
pois sabia que sua Ana
lhe esperava no final do dia.
Era conhecido na região
como o melhor aboiador.
Sua fama corria o mundo,
como o vaqueiro cantador.
O jovem vaqueiro era feliz,
com a vidinha que levava.
De dia aboiando o gado,
a noite com sua amada.
Mas a vida é caprichosa
e uma peça lhe pregou,
Ana caiu doente
de uma moléstia que a matou.
O vaqueiro desconsolado
no mato se embrenhou.
Sumiu sem deixar rastros
e nem notícias deixou.
Os anos se passaram
e as histórias eram contadas,
em rodas de comitivas
ao som de lindas toadas.
É uma linda canção
falando de um amor,
de uma jovem donzela
e de um vaqueiro aboiador.
Que por força do destino
a morte os separou.
Mas o amor foi mais forte
e em outra vida os juntou.